Vive e trabalha em Nova York.
Robert Barry é, desde os anos 1960, um dos maiores nomes da arte conceitual norte-americana.
Após um início de carreira em que utilizava pinturas monocromáticas, e sua disposição
em conjunto, para realçar as características do espaço expositivo junto ao espectador,
Barry abandonou totalmente a pintura convencional em 1967 e deu início a uma breve
série de instalações compostas por fios de nylon transparentes, gases, radiação e energia
eletromagnética. Todos materiais invisíveis com os quais o artista se alinhava à busca pela
“desmaterialização do objeto” na arte, um dos principais eixos da arte conceitual nos anos
60.
Em 1969, em mais uma mudança radical, Barry abandona esta série de trabalhos invisíveis
(convicto de que eles ainda se relacionavam a uma dimensão física e mensurável) e passa a
incorporar textos em seus trabalhos, ambicionando uma comunicação mais direta com os
espectadores e uma dinâmica em que os próprios pensamentos do público em relação aos
textos do artista passam também a se tornar parte do trabalho. Desde então, foi através
da linguagem direta e textual, sua potência gráfica e comunicativa que seus trabalhos se
desenvolveram e tornaram Barry (ao lado de nomes como Lawrence Weiner, Ed Ruscha,
John Baldessari e Mel Bochner) um dos grandes artistas conceituais norte-americanos a
trabalhar com as diversas potencialidades do texto escrito
Em seus 55 anos de carreira, Robert Barry participou de exposições em galerias e instituições
por toda a Europa, Estados Unidos e Ásia. Seu trabalho está em renomadas coleções,
incluindo o Museu Guggenheim (Nova York), MoMA (Nova York), Stedelijk Museum (Amsterdam),
Kunstmuseum Basel (Suiça), Centre Georges Pompidou (Paris), Sammlung Ludwig
Collection (Colônia, Alemanha), Museum Of Contemporary Art (Los Angeles), entre outros.