A mostra Filho do Sol começa com os trabalhos de pequeno formato, que carregam uma rebeldia sutil ao serem assinados em vermelho e, paralela-mente, mostra as xilogravuras do eclipse, que extrapolavam a medida da prensa e precisavam ser reveladas com o uso da colher de pau, exibindo o encanto deste filho do sol pela mãe lua.
Ao percorrer o segundo ambiente da mostra, podemos observar a grande ruptura dos trabalhos de Francisco de Almeida com as técnicas tradicionais e conseguiremos sentir a grandiosidade de sua obra.
Francisco enfrentou problemas para ampliar suas obras para além das medidas que eram disponibilizadas no mercado, as placas de aglomerado de madeira
Como solução, fragmenta suas obras em milhares de placas: anjos, asas, aves, peixes, folhas, estrelas, asas. Depois, cria uma mesa que o permite sincronizar esse material em um número incontável de formas e assim criar monotipias em composições de várias pequenas placas, nas quais acrescenta cor e fundos elaborados, esse método justifica o termo xilogravura expandida.